domingo, 14 de dezembro de 2014

Pioneirismo Inglês

Neste domingo o casal real britânico Kate e William divulgaram 03 imagens do príncipe George de 17 meses. As fotos mostram o bebê, terceiro na linha de sucessão ao trono da Grã-Bretanha, brincando nos jardins do Palácio de Kensintgon, a residência oficial do casal. Segundo informações divulgadas pela mídia britânica, as imagens foram feitas por um dos secretários de William, Ed Lane Fox, e sua distribuição pública foi um agradecimento de William e Kate aos veículos de comunicação britânicos, que atenderam a um pedido para não publicar fotos do bebê tiradas pelos chamados "paparazzi".


Mais do que as fotos do bebê real, o que me mais me chamou atenção nessa notícia foi o boicote da imprensa aos temidos paparazzi. Obviamente que a motivação desses "profissionais" é obter grandes somas de dinheiro em troca de fotos das celebridades e para alcançarem esse objetivo são capazes de ultrapassar quaisquer limites e a vida dos famosos acaba sendo privada de um mínimo de privacidade que todo ser humano e sua família precisam. A própria avó de George, Diana, foi uma das pessoas que mais sofreu, em todos os tempos, com esse tipo de mídia voltada para o sensacionalismo.

Ao não comprar mais fotos dos paparazzi, revistas e jornais britânicos estão contribuindo pra que o "trabalho" tão contestado dessas pessoas, não seja mais um negócio tão atrativo.

Bem que os veículos de outros países podiam seguir esse exemplo da imprensa inglesa, não é? ;)

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

ENAPRE

Neste final de semana vivi a experiência, nada agradável, de fazer a Prova do EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO, o tão conhecido e temido ENEM. Recentemente, a prova se tornou a principal porta de entrada nas Universidades Brasileiras, por isso a cada ano milhares de candidatos precisam prestar o Exame, que ao meu ver deveria trocar de nome pra ENAPRE- EXAME NACIONAL DA PACIÊNCIA E RESISTÊNCIA ESTUDANTIL.

Responder 90 questões por dia, ou melhor, por tarde, faz qualquer um ficar cansado, impaciente e consequentemente sem condições pra raciocinar como deveria. Chegando ao fim da prova é impossível ler com a atenção e o cuidado necessários pra analisar as questões. Veja no caso do 2º dia de provas, após fazer a redação e responder 40 questões de Língua Portuguesa, e 05 de língua estrangeira, ainda restavam 45 questões de matemática! Isso mesmo, 45 questões onde seria indispensável um bom raciocínio, quando na verdade você já não aguenta nem ler mais nada...


Fico imaginando se os responsáveis pela elaboração da prova, já sentaram um dia pra resolvê-la... Uma avaliação nesses moldes é um desrespeito com os professores que fazem o possível pra preparar seus alunos da melhor maneira possível e com os próprios alunos que precisam fazer um esforço descomunal pra conseguir chegar até ao fim com condições ao menos de ler de maneira satisfatória o enunciado das perguntas. Converse com alguém que encarou a maratona do ENEM nos últimos anos e pergunte se a pessoa conseguiu resolver de verdade as últimas questões, ou, se acabou indo na base do chute após ser vencida pelo cansaço?

Ao invés de se preocuparem tanto com assuntos como qual será o tema da Redação do próximo ano, os profissionais da Educação deveriam procurar maneiras de reivindicar uma reformulação da Prova, pra torná-la mais justa e coerente.

Quantidade não é qualidade!

É hora de rever conceitos...




sábado, 11 de outubro de 2014

Lucy

Até onde vai a capacidade humana de criar e transformar o universo em que vive? Já parou pra pensar até onde podemos chegar como humanos? O que nossa máquina perfeita, o cérebro, poderia fazer se fosse usado plenamente? Se utilizando apenas uma porcentagem reduzida da capacidade mental, como afirmam os cientistas, o ser humano já promoveu tantas proezas, imagina o que seria possível se utilizasse bem mais do que os 10% habituais?


O diretor francês Luc Besson tenta responder esses complexos questionamentos no longa “Lucy”. Scarlett Joahnsson tem o desafio de interpretar o primeiro ser humano capaz de usar 100% da mente. Além de Scarlett, o longa é protagonizado também pelo sempre impecável Morgan Freeman, que dá vida ao professor e pesquisador Samuel Norman, que vê seu objeto de estudo se tornar realidade na pele da jovem Lucy.



O que separa Lucy, a primeira habitante da nossa espécie, da Lucy de Luc Besson?
O que fez e faz a raça humana “evoluir”?
Até onde essa evolução pode nos levar?
O que realmente nos faz humanos?
“Lucy” não vai conseguir responder todos essas perguntas, mas com certeza este filme não vai mais sair da sua cabeça!

domingo, 19 de janeiro de 2014

Viajar é preciso


Aproveitando que estamos em janeiro, em ritmo de férias, gostaria de compartilhar com vocês a experiência da viagem que tive no verão passado. Em 2011 me matriculei em um curso de idiomas, e a língua escolhida foi o espanhol, que sempre foi meu idioma estrangeiro favorito. Através do curso tive a oportunidade de me aprofundar nessa língua tão querida, e descobri que aprender um novo idioma é muito mais do que simplesmente conhecer suas regras gramaticais ou saber como formular as perguntas básicas para se virar nas mais diversas situações.
Aprender um novo idioma é conhecer também sobre a cultura, história e hábitos de outro país. E sem dúvida não há maneira melhor de conhecer um pouco mais sobre todos esses aspectos do que viajando. No caso do espanhol nem precisei ir muito longe, porque é a língua mais falada entre nossos vizinhos. O país que escolhi para poder conhecer um pouco mais sobre a cultura hispânica, e claro, hablar mucho foi o Chile.


Quando cheguei a Santiago comecei a reconhecer a importância de se viajar para conhecer um novo idioma. Acredito sim que podemos dominar outra língua sem ter estado em seu país de origem, porque hoje em dia há muitas ferramentas de aprendizado e interação, mas nada substitui o contato pessoal, e todas experiências que uma viagem pode proporcionar.
São inúmeros fatores que só podemos aprender e sentir viajando. A relação com os grandes nomes locais, por exemplo, é algo muito interessante. Quando visitamos um país natal de um artista ou personalidade que admiramos nos sentimos mais próximos de sua obra, o que é uma sensação maravilhosa. No caso do Chile tive a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a história de dois ícones da cultura mundial Violeta Parra e Pablo Neruda.

Viajando você tem oportunidade também de conhecer expressões que são muito usadas na linguagem oral, e que, no entanto, não encontramos nos livros didáticos. Seguem abaixo alguns exemplos que ouvi no Chile:

“Carretear” que significar ir pra balada, “pololeo” que significa namoro, “Comi hasta quedar triste”, que é usada quando você exagera nas refeições. “Fome” que se significa algo muito chato, e “weon “ e ”weas” que funciona como o trem dos mineiros. Uma peculiaridade que me chamou atenção nos chilenos é a forma como eles interagem quando alguém espirra: aqui dizemos “Saúde” independentemente da quantidade de vezes que a pessoa espirra. Lá se você espirra três vezes seguidas na primeira vez eles dizem: “Salud”, na segunda, “Dinero” e na terceira vez “Amor”, ou seja, o pacote completo.

Além das questões lingüísticas há diversos outros aspectos culturais que podemos apreciar viajando, como a música local, e as comidas típicas. No Chile utilizam muito o abacate nos pratos. Inclusive no cachorro quente deles que se chama completo. Parece uma combinação estranha a primeira vista, mas até que é bem saboroso...

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

A vida que ninguém vê

Horários a cumprir, trabalhos pra entregar, tarefas para fazer, prazos que não podem esperar. A rotina na maioria das profissões, hoje em dia, costuma ser pesada e o tempo é um artigo cada vez mais escasso.

Se a vida moderna acelerou o cotidiano dos profissionais de modo geral, o que dizer então do universo do jornalismo, que historicamente sempre foi uma das profissões mais “estressantes”, afinal a notícia não pode esperar, ainda mais em tempos de internet...

Porém ao ler “A vida que ninguém vê” da premiada jornalista gaúcha Eliane Brum, descobri que o jornalismo pode ir muito mais além da busca por se cumprir um deadline. A obra consiste na reunião de crônicas-reportagens publicadas aos sábados no Jornal Zero Hora de Porto Alegre em 1999, na coluna que levava o mesmo nome do livro.


Eliane nos faz viajar por universos de pessoas comuns, as mais humildes possíveis, que passam despercebidas ao nosso olhar em meio à correria das grandes cidades. Histórias de cidadãos como o senhor Adail que trabalhou mais de 35 anos no aeroporto Internacional de Porto Alegre, carregando as malas de passageiros com os mais variados destinos, sem nunca ter cruzado o céu do Rio Grande...

São várias sensações que sentimos ao ler “A vida que ninguém vê”, além de emoção, sentimos indignação, tristeza, alegria, esperança e também identificação, afinal, os personagens são reais e a qualquer esquina tendo um olhar mais atento, podemos nos deparar com um deles.

E é exatamente sobre esse olhar mais atento que gostaria de falar agora. Eliane Brum é uma jornalista com uma sensibilidade rara, daquelas que tem um olhar aguçado para enxergar a poesia que existe na rotina. A sua busca é exatamente sobre o contrário do que prega o jornalismo tradicional, como ela mesmo diz usando um dos clichês mais clássicos da profissão: “Eu sempre me interessei mais pelo cachorro que morde o homem do que pelo homem que morde o cachorro – embora ache que essa seria uma história e tanto”.

O resultado é um trabalho profundo e original, que faz com que nosso olhar mude se tornando mais atento também, afinal há muita vida que passa despercebida que precisa ser vista.



segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Feliz Ano Velho

Como alguém que passa pelo momento mais difícil de sua vida, pode nos fazer rir? Descubra a resposta lendo o livro “Feliz Ano Velho” de Marcelo Rubens Paiva. Marcelo escreveu a obra um ano depois de sofrer o acidente que o deixaria paraplégico (palavra que ele particularmente odeia). rs


Durante o livro viajamos junto com o autor sobre seu universo particular. O próprio título: “Feliz Ano Velho” diz muito sobre o texto. Marcelo sofreu o acidente em dezembro de 1979. Os dias passaram e o um ano novo e uma nova década começaram, mas tudo o que ele queria era que o relógio parasse e ele pudesse voltar no tempo pra não dar aquele infeliz mergulho que mudou sua vida pra sempre.

Marcelo nos faz reviver junto com ele seus momentos de maior emoção e aventura vividos na sua curta, mas intensa vida, de rapaz de 20 anos, nos rebeldes e saudosos anos 70. Aprendemos junto com ele a olhar o mundo sobre a visão de quem tem que se acostumar a conviver com a realidade de ter a cadeira de rodas como companheira inseparável.

No próprio livro ele diz não querer ser um exemplo pra ninguém, mas pra mim acabou sendo, porque achei fantástica a maneira como ele encarou as adversidades, como conseguiu ter um senso de humor tão grande em meio a uma rotina tão dura de internações e adaptações. Talvez essa força toda seja explicada pelo amor que ele tinha pela vida, então, apesar de estar contrariando a sua vontade vou dizer que ele é um exemplo sim, de alegria, especialmente.
Se você ainda não embarcou nessa viagem no mundo do jovem Marcelo, te recomendo que pegue carona com ele o mais rápido possível! ;)